Papo de salão

Estava eu no salão com minha mamizinha linda e querida, ouvindo o monólogo da cabeleireira. Salão acalma mais que psicólogo e tem mais bafafá que redação. Impressionante!

Dizia ela, a cabeleireira, que agora não quer mais se apaixonar. Principalmente agora que está namorando com um cara casado (bafão, hein) e acabou de ganhar um carrão do bofe. Ele é um policial coroa, que mora longe e só a vê dois ou três dias durante a semana. “Caso tranqüilo”, segundo ela.

Pensei “isso está me cheirando a trauma”. E, claro, eu tinha razão!

 CONTINUE LENDO...

Ela se casou quando tinha 14 anos com um cara de 20. Teve uma filha com 15. Começou a estudar, trabalhar, conhecer pessoas novas e saber como era o relacionamento delas. Meninas, já dizia Sartre: “o inferno são os outros”. Numa de querer fazer o que todo mundo fazia, se ferrou. Quis que o marido fosse um bobinho romântico e, como ele era um “cabra macho sim senhô, sem tempo pra essas boiolice”, ela começou a enfeitar a cabeça do camarada com cifres alegóricos. O estopim para o divórcio, que veio dez anos depois, foi ela ter se apaixonado pelo primo (ou cunhado, ou irmão... enfim, algum parente).

Com o tempo ela percebeu que tinha perdido um puta partidaço, e só se decepcionou com os novos caras que entravam em sua vida. Resultado: surtou. Resolveu “pireguetar” mesmo! E falou a frase célebre “minhas mágoas eu afogo em cima de um ...” (não preciso escrever o resto, preciso?).

Resumo da história: ela queria um cara romântico, e hoje se contenta com um amante que a banca. E só se separou de um cara que gostava de verdade dela, por querer ser igual às outras pessoas. Não seria melhor ela ter olhado para as outras qualidades do marido e ter ficado com ele para sempre Cindera?

Beijos, queridas, até a próxima!

 ;)

FOTO: Reprodução.

Enviado por: Rúbia Gondim